Enterprise Europe Network

een-logo-hp-pubmic_0A Enterprise Europe Network (EEN) é uma rede única, composta por cerca de 600 organizações de apoio a empresas em mais de 50 países na União Europeia e fora dela. A Rede é dedicada a ajudar Pequenas e Médias Empresas (PMEs) a aproveitarem ao máximo as oportunidades de negócios na UE.

Inaugurada em 07 de fevereiro de 2008 pela Comissão Europeia, a EEN é a maior rede na Europa que oferece experiência e serviços para empresas. A EEN é parte do Programa de Competitividade e Inovação da União Europeia (CIP). O novo Programa para a Competitividade de Empresas e Pequenas e Médias Empresas (COSME), que estará em vigor de 2014 a 2020, garantirá a continuidade da Enterprise Europe Network, aproveitando os resultados e lições já aprendidas.

A EEN foi construída a partir do conhecimento e experiência das Redes que a precederam: os Info Euro Centres e os Innovation Relay Centres. Criados em 1987 pela Comissão Europeia, os Info Euro Centres ofereciam informação e consultoria sobre legislação políticas europeias, além de apoio para encontrar parceiros comerciais e acessar os Programas da União Europeia. Os Innovation Relay Centres, por outro lado, foram estabelecidos em 1995 e estavam focados em facilitar a transferência de tecnologias inovadoras entre as PMEs da Europa ou entre universidades/institutos de pesquisa e empresas.

O objetivo da Enterprise Europe Network é aperfeiçoar os serviços oferecidos pelos escritórios europeus por meio da integração e desenvolvimento desses serviços para que as empresas possam ter acesso a soluções concretas e efetivas. Ao unir duas redes pré-existentes, a Comissão Europeia consolidou os serviços que a EEN oferece a seus clientes. Mais importante, a rede opera com a política de “no wrong door” (sem porta errada): independentemente do parceiro que a empresa contatar, ela receberá o apoio solicitado.

Considerando que existem mais de 20,7 milhões de PMEs na UE, representando 99% das empresas europeias, as PMEs são o pilar da economia europeia e o carro chefe do crescimento econômico, da inovação, do emprego e da integração social. As PMEs geram dois em cada três empregos do setor privado e contribuem com mais da metade do valor adicionado criado por empresas europeias. Estima-se que as PMEs foram responsáveis, em 2012, por 67% do total dos empregos na UE, empregando mais de 87 milhões de pessoas.

Ao ajudar as PMEs a crescerem e implementarem ideias inovadoras, a Rede contribui para a construção de um ambiente mais competitivo e inovador na Europa. Em condições econômicas difíceis, entretanto, as PMEs são particularmente vulneráveis. A Comissão Europeia e a Enterprise Europe Network têm o objetivo de promover o empreendedorismo e permitir que as PMEs atinjam todo o seu potencial na economia global competitiva de hoje.

A missão da EEN é implantada, na prática, pelo fornecimento de uma série de serviços integrados de apoio aos negócios e à inovação. Esses serviços são oferecidos localmente para PMES e outras organizações onde quer que estejam localizadas.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) assinaram, em 2013, um Acordo com a Comissão Europeia que estabelece um consórcio entre essas três instituições para integrarem a EEN. O consórcio, liderado pela CNI, constitui a ação denominada EEN-Brasil, responsável pela divulgação da rede no país e atuação junto às PMEs para promover os serviços da rede e auxiliar nas parceiras internacionais nas suas diversas áreas de abrangência.

O papel do IBICT na Enterprise Europe Network é disseminar informações para a comunidade de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e divulgar oportunidades de cooperação internacional. Um papel mais específico é prestar orientações sobre fontes de financiamento à pesquisa, sobretudo informações do Programa Horizonte 2020. Para esse objetivo de divulgação/prestação de informação sobre o Horizon 2020, o mais importante é divulgar os editais lançados pelo Programa, procurando, sempre que possível, analisá-los no sentido de identificar as oportunidades para as instituições brasileiras. Igualmente, também pretende-se prestar informações sobre os procedimentos necessários para apresentação e formatação de propostas.

A CNI é a entidade máxima de representação da indústria brasileira. Criada em 1938, coordena um sistema formado pelas Federações das Indústrias dos 26 estados e do Distrito Federal, às quais estão filiados mais de 1000 sindicatos patronais. Formam, também, o Sistema Indústria, o SENAI e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Além de atuar nas áreas de política econômica e industrial, relações de trabalho, ação legislativa, qualidade, produtividade, tecnologia, meio ambiente e infraestrutura, a CNI procura representar os interesses da indústria brasileira nas negociações internacionais nas quais o Brasil está inserido. A CNI ainda busca influenciar positivamente a formulação da política brasileira de comércio exterior com vistas em obter melhores condições de incentivo ao esforço exportador da indústria brasileira.

O SENAI, criado em 1942, por uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria e pelo empenho dos empresários do setor industrial, é o maior complexo de educação profissional da América Latina. Apoia, também, as empresas fornecendo assistência tecnológica e técnica para o setor produtivo, com serviços de laboratório, pesquisa aplicada e inovação.

O SENAI organizou redes técnicas em áreas tecnológicas de setores industriais prioritários a fim de fornecer mais agilidade e qualidade para atender às demandas da indústria brasileira. As redes técnicas do SENAI visam suprir às demandas industriais, desenvolvendo soluções tecnológicas e inovação em diversas áreas do conhecimento e nos seguintes setores: Alimentos e Bebidas, Automação, Construção Civil, Design, Energia, Ferramentaria, Logística, Meio ambiente, Metrologia, Química e Têxtil e Vestuário.

As redes técnicas do SENAI oferecem toda a infraestrutura e know-how tecnológico de maneira flexível e customizada, permitindo a seus clientes beneficiarem-se da capilaridade da organização.

O SENAI também objetiva apoiar novas indústrias e centros tecnológicos em seus investimentos no Brasil, adaptando seus produtos, na implementação de programas de transferência de tecnologia ou no desenvolvimento de projetos conjuntos de PD&I.

Estrutura da EEN

A EEN é formada por mais de 600 instituições organizadas em mais de 90 consórcios. Cada consórcio oferece seus serviços dentro de uma área geográfica específica. Em algumas regiões, há apenas um parceiro, mas algumas possuem mais de 20. No Brasil, o Consórcio entre Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) abrangem todo o território nacional e a distribuição se dá de acordo com a área de especialização de cada instituição.

Além dos países da União Europeia, o Programa de Competitividade e Inovação (CIP) é aberto à participação de países candidatos, possíveis candidatos e de países do Espaço Econômico Europeu (EEE).

As organizações que participam como parceiras da EEN são tipicamente aquelas que já têm muita experiência em fornecimento de apoio para negócios e/ou inovação. Isso inclui câmaras de comércio, agências de desenvolvimento regional, centros de tecnologia, consultorias em inovação e agências de apoio às empresas.

A Agência Executiva para Competitividade e Inovação (EACI), criada em 2007, apoia a Comissão Europeia no gerenciamento da EEN e de uma série de outros programas da União Europeia. Além de gerir os contratos de consórcio e os financiamentos, ela oferece apoio de ordem prática aos parceiros da EEN, tais como suporte técnico treinamento e promoção. A EACI também conecta os parceiros da Rede a serviços importantes da Comissão Europeia e recursos relacionados à Comissão que tenham relevância para as empreses.

O Directorate-General for Enterprise and Industry (DG ENTR) é responsável pelo programa CIP e pela política de empreendedorismo e inovação na Europa.

O Steering and Advisory Group (SAG) garante o diálogo, a participação e a transparência entre os Parceiros da EEN, a DG ENTR e a EACI. É um foro focado na transparência da discussão de temas relevantes para o desenvolvimento da Rede, tais como como a sintonia com as políticas da UE, política de qualidade, gestão dos contratos, relatórios e uso dos indicadores de desempenho e tópicos levados pelos working groups. Os Working Groups de Especialistas da Rede discutem tópicos importantes para os parceiros e desenvolvem tarefas com valor agregados para toda a Rede.

Parceiros da rede podem ser agrupados nos Grupos Setoriais, que são transnacionais. Esses grupos formam uma estrutura que atende às necessidades de segmentos individuais de clientes. Atualmente, 17 Grupos Setoriais estão em atividade.

Serviços oferecidos

A EEN oferece uma ampla gama de serviços para empreendedores e PMEs da Europa, fornecendo soluções personalizadas em qualquer etapa de desenvolvimento da empresa. Os serviços mais frequentes são:

1) Fornecer informações e consultoria sobre oportunidades de mercado, legislação e políticas europeias relevantes para uma empresa ou setor. Isso pode ocorrer em resposta direta à demanda de uma empresa ou proativamente por meio das páginas na internet, boletins, workshops e outros produtos de informação;
2) Ajudar as PMEs a encontrar parceiros adequados por meio da base de dados de cooperação em negócios e tecnologia disponibilizada pela EACI;
3) Fornecer informações e apoio de fácil acesso sobre oportunidades sensíveis e auxiliar empresas a apresentar propostas de contratos por meio de workshops e seminários, por exemplo;
4) Desenvolver as capacidades de pesquisa e inovação das PMEs, auxiliando a criação de vínculos com universidades e institutos de pesquisa, incentivando a cooperação tecnológica, promovendo brokerage events e oferecendo serviços de apoio à inovação;
5) Ajudar as PMEs a compartilharem resultados, a participar em programas de pesquisa e se candidatar a financiamentos, especialmente do Sétimo Programa Quadro da União Europeia e do Horizonte 2020 (2014 a 2020).
6) Envolver PMEs e outras organizações no processo de decisão política da UE, em especial levando à Comissão feedback acerca dos problemas enfrentados em virtude da legislação existente e encorajando as empresas a contribuírem para a formulação de legislação.

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